quarta-feira

Parabéns.

Devem ser precisos muitos anos e muitas reflexões apenas sobre um "tu" para chegar a este ponto em que o "tu", segunda pessoa do singular, pronome pessoal, junção de t+u, se torna algo indefinido. Quem és tu? Quem serás tu? E quando vais ser tu aquele TU principal, não aquele que corresponde a "desapareces", mas sim a "surges"? Quando vais ser uma luz que possa guiar quem não consiga ver através das lágrimas que ofuscam o caminho? Acho que só Deus pode saber a resposta a essa pergunta, mas se assim não fosse, onde estaria as tão badaladas omnipotência, omnipresença e ominisciência (principalmente a última) divinas? No fundo do poço, a fazer companhia aos restos de vidas mal vividas.

Vivemos a vida na esperança de não morrer, de não sofrer, de não desistir de viver. No entanto, as infelicidades deste percurso que se revela trágico não deixam que estas puras utopias se realizem. E continuam isso mesmo, utopias. Por isso, parabéns.

Cada passo em falso é menos um minuto aproveitado, cada erro é um prenúncio de uma possível lição (aprendida ou não, isso depende da vontade de cada um). A espécie humana tem estas oportunidades de mudança, mas desperdiça-as enfatizando em demasia os assuntos que, embora também relevantes, adquirem carácter mais secundário em comparação com outros temas deveras sérios, graves até.

Como se o casamento homssexual fosse tirar Portugal da crise. Não, este pensamento não é meu, é antes uma opinião partilhada de vários seres humanos. Mas dos que pensam. Sim, o casamento deve ser liberalizado, também concordo. Mas tem tempo. Para já, uma grave crise económica se afigura no futuro português. E não são estes quesitos sociais que vão mudar este panorama desfavorável. Bem, mas há sempre a vantagem das modistas e floristas, sempre têm mais clientes. Por isso, parabéns.

E mereces uma salva de palmas, conseguiste descobrir como ser feliz pondo os outros infelizes através de um jogo com muito, mas muito pouca jogabilidade. E muito pouco divertido. Pouco flexível. Pouco... ortodoxo. Não tens vergonha, mas também nunca ta exigiram. O resultado está à vista.

O resultado está (E VAI ESTAR SEMPRE) à vista: uma estupidez tremenda cuja qualidade de construção é completamente duvidável.

E é por isso que me apetece dizer, com todas as letras e sons inerentes, um grande PARABÉNS. Não por alguém fazer anos, não, nem por sonbras.

É mais por existires sem razão para tal. Parabéns.

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