quarta-feira

demasiados cuidados estes dependentes de finados
tornam-se pequenos drogados viciados quase abandonados
e ainda assim se tornam por demais evidentes em todas as acções
as quezílias constantes dos sorrisos aparentes baseados em superstições
não porque o queiram, mas porque é preciso continuar a respirar
não porque o saibam, mas porque é inato expirar
caminham, carregam consigo a cruz
e em todas as sombras delinquentes acham luz
talvez a esfera da esperança esteja perdida nos buracos da avenida
mas nunca que o saberiam só de escutar a uníssona voz adormecida
dos que batalham em silêncio pela vida
ou dos que violentamente acalmam o que conhecem
e com métodos infalivelmente ininterruptos perecem.

morrem e voltam a deambular pelo passado presente do futuro
continuam sempre enquanto não se fizer aberta a saída.

morrem e continuam.
o futuro é puro
e a morte é vida.

purificam-se uns, morrem outros
desaparecem todos. 

1 comentário:

JRonson disse...

ainda has de me dzr ond vais buscar a inspiraçao ;D