domingo

todos os dias são aquele dia que vai ser "o dia", que vai ficar marcado naquele dia do calendário mental como o dia especial. hoje é um dia. e palavras para quê? voilá, ainda respiro, logo seria lógico que eu nem precisasse de me lembrar disso, então não é normal? claro que é, longe de mim dizer isso, ó, que tolice a deste ser. eu olho à minha volta e tudo me diz para me lembrar de hoje, para me lembrar de todos os dias. nunca vou saber qual é o último, não é? e as memórias não escolhem dias para serem criadas, que bom que seria se escolhessem. olha foguetes. alguém está a celebrar. e eu estou a ouvir uma música tão mexida. sinto-me bem. nem sei para que é preciso chorar ou ficar triste. razões? estão escondidas por detrás deste sorriso.

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