sábado

Sem título, parte I.

Queria poder deixar aqui uma mensagem completamente isenta de frases bonitas, de frases perdidas em palavras que, no fundo, nem têm significado.
Andei de sonho em sonho à procura de qualquer coisa, no entanto, qualquer coisa nunca chegava.
Sinto-me perfeitamente estúpido com tudo isto. Gosto, não gosto. Devia gostar, não devia gostar.
O problema é o medo de que tudo acabe mal - provoca medo de arriscar, consequentemente, provoca medo de gostar desalmadamente. Outra vez. Mais uma vez.
É demasiado para mim. Chama-se vida, tem a minha idade e viveu sempre comigo e em mim.
Um dia ela vai desaparecer. Comigo. Não me vai largar nunca.
Bolas. Também me prometeste isso. Agora vejo as promessas a serem cumpridas. Ou não.
Não tenho saudades nenhumas de tudo que nunca cumpriste. Tenho saudades, sim, de tudo que tentaste e conseguiste cumprir. Comigo ou sem mim, não importa, porque era para mim.
E senti-me bem.

Não sei quem és.
Não te conheço.
Mas sei que gosto de saber que nunca soube quem és na verdade.
Até porque gosto ainda mais de ter em conta que o que ainda sinto por ti me deixa respirar.
Por enquanto.

Não há mais nada para dizer.
Fim da história.

1 comentário:

PauloSilva disse...

Frases bonitas são contigo, texto lindo, palavras seguras e bem contextualizadas.
Adorei a parte do: " Tenho saudades, sim, de tudo que tentaste e conseguiste cumprir. Comigo ou sem mim, não importa, porque era para mim.".
Lindo. Verdadeiro.
Gostei.