quinta-feira

Sem título, parte II

Hoje nem me apetece perder muito tempo com filosofias baratas. Hoje, dia de frio e sol, apetecia-me que estivesse calor e chuva. Hoje, quinta-feira, queria que fosse sábado. Hoje, queria que fosse amanhã. Mas, por enquanto, o amanhã pode esperar. Tenho que viver o hoje como se fosse o último de uma longa série de 'hojes'. Não tenho muitas razões para viver com um sorriso na cara. Sinto-me como um automóvel desfeito. Como um vidro partido. Como um fogo apagado. As forças fogem-me como crianças a correr no intervalo do jardim de infância. A felicidade é uma utopia.

Hoje apetece-me, sim, contar todos os segundos. Ou ter vontade para o fazer. Ou ter razões para o fazer. A vida é o que fazemos dela, isto quando não é o que os outros fazem dela. Ainda assim, sinto necessidade de depender de alguém para sorrir, para respirar, para fazer tudo o que fazia quando era feliz. Feliz? Não, não sei o que isso é. Porventura esquecida, a tal felicidade esfuma-se facilmente sempre que penso em mim. É por isso que preciso de pensar num 'tu'. Esse 'tu' tem que existir algures. Serás tu? Ou tu? Não, espera, ÉS TU! 'Tu' parece simples, mas é mais complicado do que à partida se pode pensar. É uma palavra que pode começar e acabar uma guerra. É a palavra que vai começar a minha felicidade, que lhe vai restituir o espaço agora ocupado por um grande vazio.

E então vou poder dizer:

"Sentes isto? É o bater do meu coração, por causa de uma coisa que está onde uma vez esteve uma pedrinha e que se chama amor".

Sim, preciso de amar e ser amado. Mas também, quem não precisa? Quem se sentir feliz sozinho, que se manifeste, que levante o braço e grite SOU FELIZ SOZINHO, que evite cair no ridículo de contrariar a origem social do Homem, que agonize em dor sozinho, que caia na desgraça da morte sozinho, que enfrente os obstáculos sozinhos.

Porque eu não quero só um coração, quero uma mão que o guie. E quero uma alma que possa ajudar este processo de cooperação. Este processo chama-se amor.

Amor e felicidade. Não quero amor do hi5, amor do facebook, amor do MSN. Quero amor verdadeiro. Daquele que não se inventa, mas que se sente.

Tu és a minha felicidade, o meu complexo vitamínico de alegria.

6 comentários:

Anónimo disse...

LINDOOO adoreiiiii *.*

Anónimo disse...

"Filosofias baratas" - expressão copiada de mim.

Hoje estava tempo de chuva. tiveste foi sorte de não apanhar.

Terceiro: estavas a ir tão bem, para depois acabares a falar de "amor" e a parecer um maiaco-depressivo.

Bem filho, é tudo. Mas olha nao te sintas mal.
O clube dos depressivos já é uma constante aqui para os nossos lados

xD

RitaSousa

Anónimo disse...

* por mim, I mean

Rita

Anónimo disse...

*maníaco-depressivo.

Fogo, isto hoje, foi erro atrás de erro

PauloSilva disse...

Gostei tanto do inicio até que falaste de um "tu", falaste de alguém em especial que o demonstra nas tuas palavras e elas deixam de fazer qualquer tipo de sentido para quem as lê.

Como a tua amiga diz: "estavas a ir tão bem, para depois acabares a falar de "amor" e a parecer um maniaco-depressivo" - eu concordo.

Mas gosto.

Vanessa Almeida disse...

Oh Luis tu escreves tão bem e nunca me tinhas dito nada *__*

Tanta coizinha que aqui dizes e que é verdade :X

' Amor e felicidade. Não quero amor do hi5, amor do facebook, amor do MSN. Quero amor verdadeiro. Daquele que não se inventa, mas que se sente.
'
- Amei , amei MESMO !